Este espaço foi criado para trocar ideias e atividades da área de Lingua e Literatura, compartilhando com os colegas experiências vividas ao longo da minha profissão.

Língua

Gosto de sentir a minha lígua roçar
A língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar
A criar confusões de prosódias
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesias está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade (...)
(Caetano Veloso)

sexta-feira, 16 de março de 2012

Atividade escrita - Leitura e Interpretação(5)

Colégio Estadual Governador Luiz Viana Filho

Disciplina: IPC (Introdução à Produção Científica) Turma__________________

Aluno(a)___________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A água mineral é hoje associada ao estilo de vida saudável e ao bem-estar. As garrafinhas de água mineral já se tornaram acessórios de esportistas e, em casa, muita gente nem pensa em tomar o líquido que sai da torneira – compra água em garrafas ou galões. Nos últimos dez anos, em todo o planeta, o consumo de água mineral cresceu 145% – e passou a ocupar um lugar de destaque nas preocupações de muitos ambientalistas. O foco não está exatamente na água, mas na embalagem. A fabricação das garrafas plásticas usadas pela maioria das marcas é um processo industrial que provoca grande quantidade de gases, agravando o efeito estufa. Ao serem descartadas, elas produzem montanhas de lixo que nem sempre é reciclado.

Muitas entidades ambientalistas têm promovido campanhas de conscientização para esclarecer que, nas cidades em que a água canalizada é bem tratada, o líquido que sai das torneiras em nada se diferencia da água em garrafas. As campanhas têm dado resultado nos lugares onde há preocupação geral com o ambiente e os moradores confiam na água encanada.

Apenas nos Estados Unidos, os processos de fabricação e reciclagem das garrafas plásticas consumiram 17 milhões de barris de petróleo em 2006. Esses processos produziram 2,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa, poluição equivalente à de 455.000 carros rodando normalmente durante um ano. O dano é multiplicado por três quando se consideram as emissões provocadas por transporte e refrigeração das garrafas.

O problema comprovado e imediato causado pelas embalagens de água é o espaço que elas ocupam ao serem descartadas. Como demoram pelo menos cem anos para degradar, elas fazem com que o volume de lixo no planeta cresça exponencialmente. Quando não vão para aterros sanitários, os recipientes abandonados entopem bueiros nas cidades, sujam rios e acumulam água que pode ser foco de doenças, como a dengue. A maioria dos ambientalistas reconhece evidentemente que, nas regiões nas quais não é recomendável consumir água diretamente da torneira, quem tem poder aquisitivo para comprar água mineral precisa fazê-lo por uma questão de segurança. De acordo com relatório da ONU divulgado recentemente, 170 crianças morrem por hora no planeta devido a doenças decorrentes do consumo de água imprópria.

(Adaptado de Rafael Corrêa e Vanessa Vieira. Veja. 28 de novembro de 2007, p. 104-105)

1. Conclui-se corretamente do 2o parágrafo do texto que parte da solução do problema apresentado está na:

(A) interferência de ambientalistas no controle da fabricação das garrafas de plástico.

(B) definição do espaço onde as garrafas possam ser descartadas, evitando o entupimento de bueiros e o acúmulo de água.

(C) possibilidade, ainda que remota, de distribuição de água mineral em regiões onde não há água canalizada.

(D) substituição das embalagens plásticas, para que não restem resíduos na natureza, degradando-a.

(E) oferta de água canalizada de boa qualidade, para diminuir o engarrafamento de água mineral em todo o mundo.

2. O argumento que justifica a preocupação com o meio ambiente, de acordo com o texto, está na afirmativa:

(A) A água mineral é hoje associada ao estilo de vida saudável e ao bem-estar.

(B) Nos últimos dez anos, em todo o planeta, o consumo de água mineral cresceu 145% ...

(C) As garrafinhas de água mineral já se tornaram acessórios de esportistas ...

(D) Muitas entidades ambientalistas têm promovido campanhas de conscientização ...

(E) As campanhas têm dado resultado nos lugares onde há preocupação geral com o ambiente...

3. Identifica-se relação de causa e consequência, respectivamente, no segmento:

(A) O foco não está exatamente na água, mas na embalagem.

(B) As campanhas têm dado resultado nos lugares onde há preocupação geral com o ambiente e os moradores confiam na água encanada.

(C) Apenas nos Estados Unidos, os processos de fabricação e reciclagem das garrafas plásticas consumiram 17 milhões de barris de petróleo em 2006.

(D) Como demoram pelo menos cem anos para degradar, elas fazem com que o volume de lixo no planeta cresça exponencialmente.

(E) Quando não vão para aterros sanitários, os recipientes abandonados entopem bueiros nas cidades, sujam rios e acumulam água ...

4. ... quem tem poder aquisitivo para comprar água mineral precisa fazê-lo por uma questão de segurança. (último parágrafo). O segmento grifado evita a repetição, no contexto, de:

(A) ter poder aquisitivo.

(B) consumir água da torneira.

(C) comprar água mineral.

(D) evitar doenças decorrentes de água não potável.

(E) reconhecer as regiões onde a água é imprópria.

5. Dê um título para o texto e justifique o porquê da sua escolha.

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Atividade escrita - ortografia

1. Atividade escrita - 7ª ANO


Abaixo, damos várias palavras, todas oxítonas. Algumas tem acento, outras não. São essas particularidades que queremos mostrar para você, pois elas determinam quais dessas palavras devem ser acentuadas ou não. Observe:

Alguém – oração – caju – canal – café – amor – alcançar – avião – quintal – avô – avó – canção – conseguiu – abacaxi – lição – fubá – estudar – cajá – alteração – veloz – você – cipó – armazém – parabéns – juiz – também – sabiá – corações – cipós – marajás – Amapá – Noé – jaraqui – pacu – céu – chapéu – anzóis – véu – anéis – herói - teu – meu – dodói – viveu – lei – açaí – Itaú – buriti – Rio Maú -

Agora, separe as palavras acentuadas das que não possuem acento.

Palavras acentuadas

Palavras sem acento

quinta-feira, 15 de março de 2012

Atividade escrita - Leitura e Interpretação(4)

Col. Est. Gov. Luiz Viana Filho

Português – Leitura e Interpretação – 3 º ano do Ensino Médio

Texto para as questões de 1 a 6

(...)Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto

Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto

É que Narciso acha feio o que não é espelho

E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho

Nada do que não era antes quando não somos mutantes

E foste um difícil começo

Afasto o que não conheço

E quem vende outro sonho feliz de cidade

Aprende depressa a chamar-te de realidade

Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso

Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas

Da força da grana que ergue e destrói coisas belas

Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas

Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços

Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva

Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba

Mais possível novo quilombo de Zumbi

E os novos baianos passeiam na tua garoa

E novos baianos te podem curtir numa boa

( Caetano Veloso)


1. (PUC-SP) O nome criado para o título dessa composição – Sampa – expressa uma relação entre:

a) São Paulo e Salvador. c) São Paulo e Samba.

b) avenida Ipiranga e avenida São João. d) Avenida São João e Salvador.

2. (PUC-SP) O texto acima constrói uma análise da cidade. Para isso o autor usa, inicialmente:

a) Suas impressões pessoais . c) Informações obtidas de outros.

b) A enumeração de dados importantes. d) A descrição objetiva da cidade.

3. (PUC-SP) O sentido do verso “... é que narciso acha feio o que não é espelho” pode ser encontrado também em:

a) “porque és o avesso do avesso do avesso do avesso”.

b) “à mente apavora o que ainda não é mesmo velho”.

c) “ nada do que não era antes quando não somos mutantes”.

d) “quando eu te encarei frente a frente não vi o seu rosto/chamei de mau gosto o que vi...”.

4. (PUC-SP) O verso “à mente apavora o que ainda não é mesmo velho” revela:

a) O medo que todos os homens sentem da velhice.

b) A ânsia do ser humano pela renovação.

c) A aversão a tudo que já é velho e desgastado.

d) A resistência do homem àquilo que rompe com os padrões já incorporados.

5. (PUC-SP) No décimo quinto verso é estabelecida uma aproximação entre a cidade de São Paulo e o quilombo de Zumbi. Essa relação ocorre porque:

a) Como os quilombos, a cidade é uma fortaleza, onde não se pode entrar livremente.

b) A cidade, assim como o quilombo, repele os que a procuram.

c) São Paulo, assim como o quilombo de Zumbi , representa uma esperança de liberação e de melhores condições de vida.

d) Em São Paulo, como acontece nos quilombos, todo negro é escravo.

6. (PUC-SP) Identifique a afirmação correta.

a) A caracterização dos aspectos negativos da cidade intensifica-se nos versos 10,11 e 12.

b) No segundo verso há uma repetição desnecessária da palavra gosto.

c) Nos dois últimos versos há uma alusão à dificuldade de adaptação, em São Paulo, sofrida pelos novos baianos.

d) O décimo segundo verso é apenas um jogo sonoro sem sentido.


Fonte: Práticas de Linguagem de Ernani e Nicola

Obs: a letra (E) das questões foram suprimidas por uma questão de adaptação.

sexta-feira, 9 de março de 2012

A arte na história

COLÉGIO ESTADUAL GOVERNADOR LUIZ VIANA FILHO

DISCIPLINA- Arte PROFESSORA- Luciana Souza

ALUNO(A)- ______________________________________________________

A arte na história

Olhando à nossa volta, constatamos que vivemos rodeados de uma enorme quantidade de objetos, seja em casa, no trabalho, na sala de aula ou nos mais diversos lugares. Se examinarmos esses objetos, verificaremos que todos eles foram feitos com uma determinada finalidade. É o caso dos utensílios domésticos ou dos instrumentos de trabalho, como a máquina de escrever, a calculadora, o lápis, a régua, a luminária. Há, enfim, um grande número de coisas que facilitam nossa vida: no estudo, no trabalho, nos afazeres de casa, no lazer.

Ao longo da história, o homem sempre produziu ferramentas para facilitar seu trabalho ou para ajudá-lo a superar suas limitações físicas. A vara e o anzol, por exemplo, nada mais são do que o prolongamento de pesos que não poderiam ser movidos apenas com a força muscular.

Assim, o homem, um ser que facilmente seria vencido pelos elementos da natureza, produziu um sem-número de artefatos que lhe possibilitaram o meio natural.

Essa atitude de criar instrumentos e aperfeiçoá-los constantemente torna possível a compreensão do processo civilizatório pelo qual o homem vem passando desde que surgiu sobre a Terra.

Os antropólogos culturais sabem muito bem disso e são capazes de reconstituir a organização social de um grupo humano a partir dos objetos que se preservaram. Assim, observando potes, urnas mortuárias e instrumentos rudimentares para tecer, caçar ou pescar, pode-se ficar sabendo como os homens de antigamente viviam seu dia-a-dia.Assim, observando potes, urnas mortuárias e instrumentos rudimentares para tecer, caçar ou pescar, pode-se ficar sabendo como os homens de antigamente viviam seu dia-a-dia.

Muitos dos objetos expostos em museus ou que fazem parte da nossa vida diária têm uma utilidade evidente: basta vê-los para logo sabermos para que sevem; outros, por serem mais complexos, exigem que alguém mais informado nos explique seu funcionamento e sua finalidade. Contudo, o ser humano também produz coisas que, apesar de não terem uma utilidade imediata, sempre estiveram presentes em sua vida. É a respeito delas que nos perguntamos por que e para que foram feitas.

A resposta a essa pergunta nos mostra que o homem cria objetos não apenas para se servir utilitariamente deles, mas também para expressar seus sentimentos diante da vida e, mais ainda, para expressar sua visão do momento histórico em que vive. Essas criações constituem as obras de arte e também contam – talvez de forma muito mais fiel – a história dos homens ao longo dos séculos. Segundo Ruskin, crítico de arte inglês, “as grandes nações escrevem sua autobiografia em três volumes: o livro de suas ações, o livro de suas palavras e o livro de sua arte”. E acrescenta: “nenhum desses três livros pode ser compreendido sem que se tenham lido os outros dois, mas desses três, o único em que se pode confiar é o último”.

Dessa forma, as obras de arte não devem ser encaradas como algo extraordinário dentro da cultura humana. Ao contrário, devem ser vistas como profundamente integradas na cultura de um povo, pois ora retratam elementos do meio natural, como é o caso das pinturas nas cavernas de Altamira, na Espanha, ora expressam os sentimentos religiosos do homem, tal como o quadro Natividade, do pintor renascentista Sandro Botticelli ou a máscara de um deus da antiga civilização pré-colombiana do México e podem também retratar situações sociais, como A Família de Retirantes, do pintor brasileiro Cândido Portinari. Às vezes, o artista pode ainda trabalhar apenas com valores pictóricos – cor e composição – e sugerir diferentes impressões a quem contempla suas obras, como as pinturas de Tomie Ohtake.

Na verdade, a preocupação do homem coma a beleza está tão presente nas culturas, que até mesmo os objetos essencialmente úteis são concebidos de forma harmoniosa e apresentam-se em cores muito bem combinadas. Isso pode ser constatado quando observamos uma urna grega ou um moderno automóvel com suas cores brilhantes e suas formas aerodinâmicas.

Ela está presente nos inúmeros artefatos que fazem parte do nosso dia-a-dia. Muitas coisas que hoje observamos nos museus, ontem faziam parte do cotidiano do homem. Da mesma forma, muitas construções que atualmente são monumentos tombados como patrimônio histórico de um povo, antigamente eram locais de moradia e, neles, famílias viveram momentos de tranqüilidade, de apreensão, de medo e de alegria. Assim, as construções em que moramos hoje, bem como os utensílios que agora fazem parte da nossa vida diária, futuramente poderão estar nos museus, atestando os nossos hábitos, os nossos valores e o nosso modo de vida.

(PROENÇA, Graça. História da Arte. 16ª ed. São Paulo: Ática, 2002)